— Sinto tanto as suas faltas. — Uma lágrima solitária escorreu por minha bochecha e Mainha limpou.
— Estou sempre com você, eu e seu pai. Nos ensinamentos que te passamos, nas lembranças, em seu coração, minha preciosa Ana Beatriz.
— O Edward também me chama assim. — Sussurrei. — A senhora iria gostar dele.
— Eu já gosto. Ele cuida tão bem de você.
— Eu sei! — Suspirei. — Às vezes sinto que ele é muito para mim.
— Besteira. — Painho disse sentando no sofá e colocando minhas pernas em cima das suas. — Você que é muito para ele!
— O senhor é meu pai, não conta muito.
— Besteira. — Tornou a dizer. — Por eu ser seu pai, por isso mesmo deveria contar. — Assegurou com obstinação. — Não se diminua por ele e nem por ninguém. Você é maravilhosa, pretinha. Diga comigo: sou maravilhosa!
— Mas...
— Sem mais, repita comigo: sou maravilhosa!
— Sou... Hum... Maravilhosa. — Murmurei.
— Fale com mais firmeza, pretinha.
— Sou maravilhosa.
— Mais alto. — Ele pediu rindo, reprimir a vontade