— Eu disse isso? — Perguntei.
— Não precisa, está estampando em sua cara.
— Estou com raiva, muita raiva. — Confessei. — Não sou de sentir isso e continuar sentindo, mas não te culpo por isso.
— Então, o quê?
— Essa situação me fez lembrar coisas que eu não queria lembrar. — Ela me olhou atentamente.
— Que coisas?
— Prefiro não entrar nesse assunto. — Avisei. — Mas sobre o que aconteceu com você… Não, eu não te culpo! Peço que me perdoe, não quis te fazer chorar. — Ela me fitou nos olhos, como se buscasse sinceridade neles, até que suspirou e sentou na ponta da cama.
— Eu disse a você que sou puta, você nada disse. — Não era uma pergunta, mas estava claro que ela esperava uma resposta.
O que eu diria?
— E o que você quer que eu diga? Supõe que me importo? — A questionei com cautela.
A última coisa que quero é que ela pense que estou sendo grosseiro.
— Todos se importam, por que você não? — Questionou-me boquiaberta.
Não me importo mesmo.
— Não saio por aí aponta