Durante uma semana inteira, Nicola e Lucrécia se dedicaram à missão com o coração.
Todos os dias, depois do expediente, Nicola trocava os saltos por sapatilhas, prendia o cabelo e seguia para a cobertura de Luchero, onde passava horas limpando, dobrando, pendurando, decorando.
A arquiteta cuidava dos detalhes técnicos, mas o toque principal vinha das mãos de Nicola — mãos que bordavam amor, esperança e gratidão em cada canto daquele quarto.
Na sexta-feira, com o sol se pondo sobre Palermo, o espaço estava pronto.
O quarto parecia saído de um conto de fadas — paredes em tons de rosa chá e branco, duas coroas douradas sobre os berços idênticos, um tapete felpudo em forma de nuvem, e nas paredes, quadros com pequenas frases bordadas à mão:
“Bênçãos em dobro. Amor em dobro.”
As roupinhas estavam passadas, dobradas, esterilizadas, cada uma com uma fita delicada.
As cortinas rendadas balançavam suavemente ao vento, e o perfume de lavanda pre