O relógio marcava o fim do expediente quando Nicola desligou o computador, recolheu sua bolsa e saiu discretamente, levando no coração o segredo mais bonito que já tivera.

O trânsito de Palermo estava suave naquele início de noite, e o céu cor-de-pêssego refletia nas vitrines reluzentes do Shopping Galleria Vittoria.

Lucrécia já a esperava na entrada da loja Petit Paradiso Baby, elegante como sempre, com o olhar curioso e o sorriso doce de quem adivinhava que viria emoção pela frente.

— Minha filha! — exclamou, abrindo os braços. —

Pelo seu rosto, eu já vi que isso é coisa séria.

Nicola riu, abraçando a madrinha com carinho.

— É séria, sim, madrinha. E também muito bonita.

As duas entraram na loja, e foram imediatamente envolvidas por um universo encantado — paredes em tons pastéis, o perfume leve de lavanda, móveis delicados com entalhes florais, cortinas rendadas, bichinhos de pelúcia e pequenas luminárias em forma de nuvens.