Aquela noite parecia perfeita. Estar com meu pai e meu irmão sob o mesmo teto enchia meu coração de alegria. Mas, quando disse que precisava voltar para o meu loft, vi o semblante do meu pai se entristecer.

— Você vai voltar para o seu apartamento… mas promete que vai se organizar para morar comigo, não é? — perguntou com aquela voz grave, mas suplicante.

— Claro, papai. Só preciso ver como faço. Moro num loft, lá cuidam de tudo. Mas tenho muitas plantas. — Suspirei, sorrindo. — Estava até pensando em adotar um pet, mas vindo pra cá…

Ele franziu o cenho. — Quem disse que não pode? Você pode ter dois, três, quantos pets quiser. E suas plantas? Temos espaço de sobra. Até uma estufa.

— Uma estufa? — Arregalei os olhos.

— Sim, minha filha. Uma estufa só sua. — Ele sorriu com orgulho. — Traga tudo. O loft, você aluga. É renda extra, a sua casa é aqui comigo.

— Então vou trazendo as coisas aos poucos.

Ele, firme: — Amanhã já vem e dorme aqui.