O Novo Lugar de Nicola

Meu pai não gritou. Ele falou com uma calma gelada, que assustava mais do que um rugido.

— As suas coisas já estão prontas desde ontem. — disse ele para Alessia, cada palavra um golpe.

Os olhos dela se arregalaram. — Como assim, prontas desde ontem?

Ele se virou para a porta. — Marque!

O chefe da segurança entrou, postura rígida.

— Peça aos seguranças que vão até o quarto que a senhora Alessia ocupava. Levem todas as coisas dela e coloquem no carro. Ela não tem mais permissão para entrar nesta casa. Nem como convidada, nem como moradora.

Alessia soltou uma risada nervosa. — Você não pode fazer isso comigo, Emílio.

— Posso e estou fazendo. — respondeu ele, sem piscar. — A partir de amanhã, quem vai residir nesta casa é a minha filha.

Meu coração disparou. Ele se virou para mim, a voz suavizando, mas ainda firme:

— Minha filha… eu peço a você que venha morar comigo. Este ve