O sol de Palermo começava a se despedir do céu, espalhando tons de dourado e lilás sobre as sacadas floridas da cidade.
Do alto da cobertura, o vento serpenteava pelas cortinas brancas, trazendo consigo o doce aroma das gardênias que Nicola havia plantado na varanda — o mesmo perfume que, aos poucos, se tornava uma presença constante na vida de Luchero.
Dentro do apartamento, o riso das gêmeas ecoava como uma melodia suave.
Francesca e Antonella agitavam as mãozinhas, fascinadas pelos móbiles cor-de-rosa que dançavam sobre o berço.
Nicola, vestida com um leve vestido de linho e o cabelo preso em um coque frouxo, cantarolava uma canção antiga enquanto trocava as fraldas.
— Quem são as princesas mais lindas do papai, hein? — perguntava entre risadas, fazendo caretas que provocavam gargalhadas nas pequenas.
As gêmeas respondiam com balbucios alegres, formando um coro delicado de inocência. Na soleira da porta, Luchero observava em silêncio, seu