A manhã passou sem grandes surpresas.
Tudo correu dentro do normal, até chegar a hora do almoço.
Bati de leve na porta do doutor Luccero e perguntei:
— O senhor vai sair para almoçar hoje?
Ele levantou o olhar do computador e respondeu, sério:
— Não, Nicola, hoje não, estou sem tempo, muitos contatos para revisão, e outros para assinar.
— Quer que eu traga o almoço para o senhor?
— Quero, sim, por favor, algo leve, e me traga um chá também.
— Certo, vou almoçar e já volto.
Saí da sala dele e fui até a do meu pai, porque ele havia pedido para conversar comigo.
Entrei, e ele me esperava de braços cruzados, com aquele jeito de quem tem algo importante pra dizer.
— Filha, senta aqui um instante, preciso te contar algo que fiquei sabendo hoje..
— O que foi, papai? — perguntei, já curiosa, se tem um lado meu que não consigo controlar, é deixar de ficar bem informada.
Ele respirou fundo.
—