ZOE
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Meu corpo respondeu antes que minha mente pudesse entender o que estava acontecendo. Era como se tudo o que eu havia esperado até aquele momento encontrasse forma nele.
Os beijos, os toques, a pressa. Eu sentia o coração dele batendo rápido, quase desesperado, e sabia que não era apenas desejo. Era dor, era fuga, era necessidade. De certa forma, eu também precisava daquilo, precisava dele. O mundo parecia desmoronar lá fora, e eu só queria que, por um instante, nós dois pudéssemos existir sem os outros, sem as mentiras, sem o peso das escolhas.
Quando ele me despiu, senti uma mistura de timidez e ousadia. Eu queria que ele me visse, que me desejasse, que entendesse que cada parte de mim era dele, mas ao mesmo tempo, meu corpo tremia diante da novidade, ele já havia visto o meu corpo, mas, era diferente, era a certeza de que ele também iria me conhecer por dentro.
Eu não recuei. Era como se ele tivesse acendido algo em mim que eu não podia apagar. Eu almejava aquilo a bastante te