CAPÍTULO 62

VICTOR

*

A covardia nunca foi o meu forte, muito pelo contrário, sempre odiei pessoas covardes, e isso se intensificou depois de tudo o que a Brenda fez comigo, mas, eu ser esse tipo de pessoa era o pior dos castigos.

Agi de forma automática, fria e calculista, evitei olhar nos olhos da Zoe até chegar na casa dela, enquanto ignorava o fato de ter percebido ela fungar, como se estivesse chorando.

O que eu poderia dizer? Que aquele era o nosso adeus? Que não resisti ao cheiro, ao beijo, ao corpo dela? Que depois de ter tirado algo de muito valor, que certamente ela poderia ter entregue para alguém que fosse ficar, eu estava me retirando da vida dela?

Não. Eu não tive coragem. As respostas que supostamente ela estava esperando não viriam de mim, o pai dela devia para ela mais do que eu. Ele devia para ela a oportunidade de escolha, devia anos de vida reclusa, devia a sinceridade de alguém que exigiu coisas demais pra um pai exigir de uma filha, tendo uma vida podre.

Quando chegamos, ela
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