A SUÍTE DO DONO DISFARÇADO
A porta da suíte presidencial fechou-se atrás dele com um clique suave.
Por fora, era apenas mais uma das melhores acomodações do transatlântico. Por dentro, era o único lugar onde Nathaniel deixava cair, de vez em quando, a máscara de funcionário em supervisão e retomava, mentalmente, a posição de herdeiro e dono de uma frota que carregava seu sobrenome.
Caminhou até a escrivaninha, ligou o notebook, pegou o telefone e discou um número que sabia de cor.
— Raphael.
O assessor atendeu na segunda chamada, voz desperta apesar do fuso.
— Senhor?
Nathaniel passou a mão pelo rosto, respirou fundo e foi direto ao ponto:
— Preciso que você faça uma pesquisa agora. Rápida e minuciosa.
— Nome? — Raphael não perguntou o motivo. Aprendera, ao longo dos anos, que perguntas vinham depois dos fatos.
— Lara Vasquez — respondeu, deixando que o nome viesse primeiro como ele a conhecia ali. — Camareira, setor de serviços gerais, neste cruzeiro master. Quero tudo: nome completo