NICHOLAS
O vazio ao meu redor é insuportável. Acordei e procurei por Sarah e nossa filha, mas não encontrei nenhum sinal delas. Meu peito se comprime em uma angústia sufocante. Algo está errado.
Tento ligar para Sarah, mas as chamadas caem direto na caixa postal. Tento Emma, minha irmã, e o mesmo acontece. O silêncio na casa se torna um ruído ensurdecedor. Vou até o quarto delas, meu coração martelando contra o peito. Quando abro o armário, a verdade me atinge como um soco no estômago: as roupas sumiram.
Ela me deixou.
A dor é imediata, dilacerante. Levo uma das mãos ao rosto, tentando conter a explosão de sentimentos.
Sento-me no sofá, um copo de uísque firme nas mãos, buscando um alívio que não vem. Meu olhar vagueia pela sala, parando na porta. Estou prestes a sair para confrontar minha irmã quando o interfone toca. Meu coração dispara.
Será Sarah?
Corro até a porta, a esperança me impulsionando, mas meu entusiasmo morre assim que vejo um homem desconhecido parado ali. Ele tem um