NICHOLAS
Saímos do hotel sem demora e seguimos direto para a casa de Sarah. O trajeto foi silencioso, mas minha mente trabalhava a mil. Eu sabia que esse encontro não seria simples, e não apenas por estar prestes a buscar minha filha para uma nova vida. Havia algo mais, uma tensão crescente que eu tentava ignorar.
Assim que chegamos, descemos do carro. O portão alto e reforçado denunciava a preocupação com segurança, algo que eu valorizava ainda mais agora que minha filha estava ali. A casa possuía um charme clássico, recuada no terreno, com uma varanda ampla que parecia convidativa, mas ao mesmo tempo protetora. Apertei o interfone e aguardei, tentando manter a calma.
O som da fechadura destravando ecoou no silêncio, e logo fomos recebidos. Fiz um gesto discreto para que o motorista aguardasse e caminhei para dentro, com minha irmã, Emma, e meu amigo logo atrás. Ainda tínhamos um tempo considerável antes do voo, e eu nunca fui fã de esperar em aeroportos. Me perguntei, mais uma vez,