“Cauã”
O comandante auxiliar, denominado Imediato, quase arromba a porta enquanto eu conduzo a vendedora da joalheria para uma outra sala, um outro ambiente em que eu possa interrogá-la.
— Homem ao mar, capitão! Homem ao mar!
Ele urra dentro da sala para que todos possam ouvir. Olho para o capitão Park que empalidece e se apoia na mesa, parecendo perder as forças. Igual a ele, sinto meu interior se contorcer ao imaginar o que pode ter acontecido com a Márcia.
Mas o pior mesmo é ver a coreana, Kim Na-Ri pular e vibrar como se o time de futebol dela tivesse feito um gol.
— Ah! Viva! Finalmente! Estou livre daquela vagabunda! Tudo feito como eu planejei.
A insanidade desta mulher é tão grande que ela nem se incomoda com a minha presença, ou de quem quer que esteja no gabinete do capitão.
— O que é isso, Na-Ri?
Ela se levanta e caminha em direção ao Park. Os olhos injetados, os braços abertos, a expressão doentia em seu rosto.
— Ji-Hoon, meu amor! Agora, seremos só nós dois! Podemos viaja