“Park”
— Patron, patron, patron.
Juan anda de um lado para o outro em meu escritório. Estou recostado em minha cadeira me divertindo com o seu desespero.
— O que é, Juan? Qual o motivo dessa agitação toda?
Ele interrompe a caminhada, planta as duas mãos sobre a minha mesa e se inclina sobre mim quase urrando.
— A gringa, patron! A gringa! O senhor está perdendo o rumo do seu trabalho, patron! Já se esqueceu de que seu cargo de CEO está em jogo?
Sinto gotículas de saliva respingarem em meu rosto. Retiro os óculos e os limpo calmamente com um lenço de papel, o que deixa Juan ainda mais agitado e nervoso.
Olho para o meu relógio Patek Philippe e me dou conta de que são 18 horas. Se quero levar a Márcia para jantar, preciso me apressar em descobrir qual será o seu destino hoje à noite.
Suspiro alto e mostro enfado de propósito para Juan.
— Eu consigo conciliar as duas coisas, Juan. Você concilia suas funções muito bem aqui na empresa.
Ele se senta diante da minha mesa e aponta para os qua