Dafne
Seus nervos estavam a flor da pele.
Desde que entrou naquele carro, era como se a qualquer momento sua cabeça fosse rolar diante de seu corpo inerte. Estar de volta nesse parque que ela tanto amava, cujo coração foi tão feliz.
Foi ali, entre as araucárias, onde a Cascata do Caracol desaguava que ela e Cézar trocaram tantos beijos apaixonados, repletos da mesma ânsia de entrega e domínio. Mas estar ali com ele agora, só fazia seu coração sangrar, porque ele não era mais o homem por quem se apaixonou no passado.
E ela estava longe de ser.... aquela garota boba e ingênua.
Enquanto tentava se recompor com aquela menção cruel sobre as tempestades da região que pegavam as pessoas desprevenidas, Dafne apertava as mãos no colo, desesperadamente, temendo o que ele diria em seguida.
Mas nesse momento, chegou o café. Depois que ele foi servido, ansiosa por mudar de assunto, e acabar com essa sensação de estar sendo afogada na própria miséria, ela tentou mudar de assunto.