Cap. 92

Kan não hesitou. Correu até o banheiro e encontrou Maya encolhida em um canto, visivelmente abalada, enquanto o homem lavava as mãos na pia, agindo com uma calma perturbadora.

— O que você faz aqui? — Kan perguntou, a voz baixa, mas carregada de uma fúria contida.

— Só vim lavar a mão — o homem respondeu, sem encará-lo.

— Este é um banheiro feminino — Kan repreendeu, e o homem, com um suspiro irritado, finalmente saiu, mas, do lado de fora, as pernas dele tremiam com o medo de estar na presença do Alfa.

— Então? — Filtigal perguntou, segurando o braço do homem. Ele estava tão empolgado quanto uma criança em uma sala cheia de doces.

— Eu quase morri com o maldito plano de vocês, céus... logo a garota do Alfa... — o homem resmungou, saindo dali quase fugindo.

Do lado de dentro do banheiro, Kan aproximou-se de Maya, a preocupação gravada em seu rosto.

— Você está bem? — ele perguntou, gentilmente.

— Não — ela murmurou, a voz embargada. — Minha ferida está queimando, não sei o que