Cap.98
O final de semana passou como uma tormenta silenciosa no peito de Kan. Ele caminhava pelo seu escritório naquela vasta casa, cada passo ecoando no mármore frio enquanto seus pensamentos se fixavam em Maya. Ele nem mesmo quis atender os trigêmeos que o chamavam.
Ninguém conseguia tirá-lo do labirinto do próprio subconsciente onde ele se enfiou.
Por diversas vezes, pegou o celular, os dedos hesitantes sobre a tela, pronto para ligar. Mas desistia antes de completar o número.
Na segunda-feira, bem cedo, ele se posicionou estrategicamente à frente da entrada da escola. Queria vê-la. Tinha levado seus trigêmeos, como habitualmente fazia. Mas naquele dia havia um propósito ainda mais intenso: ver Maya — e seus três filhos.
Era uma necessidade que latejava sob sua pele como uma ferida aberta. Quando o carro escuro parou na calçada, seus olhos brilharam… mas a porta se abriu revelando apenas os trigêmeos e a babá. Nenhum sinal de Maya.
Os três meninos o viram de longe. E, ao contrário