74. O Silêncio de Hoop

Hoop

O soluço ainda sacudia meu peito quando senti o pano úmido escorregar da testa de Connor. Estendi a mão depressa, recolocando-o, como se aquele gesto pudesse me distrair da dor que latejava dentro de mim. Mas nada abafava o vazio.

Cristal… minha Cristal… se foi.

Fechei os olhos com força, como se assim pudesse negar o que tinha acontecido. O sonho parecia mais real do que qualquer lembrança. O cheiro do pelo dela, o calor de sua presença… no entanto, tudo tinha se transformado em pó de estrelas.

Ouvi passos atrás de mim. Marluce.

— Você não dormiu nada, não é? — A voz dela saiu baixa, quase como um cuidado de mãe.

Enxuguei depressa as lágrimas, disfarçando com as costas da mão.

— Não consigo. Não enquanto ele está assim.

Ela se aproximou, colocando uma tigela fumegante sobre a mesa. O cheiro amargo de ervas se espalhou.

— Ele está lutando, Hoop. O veneno não é comum, mas Connor tem força. Só precisa de tempo.

Assenti, mas não consegui olhar para ela. Se encarasse aqueles olhos
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