52. Doce e Amargo.
Egohen

O sol já mergulhava entre as copas retorcidas, lançando longas sombras sobre o chão úmido e coberto de folhas. As árvores sussurravam ao vento, como se carregassem segredos antigos, e cada som, cada estalo de galho, cada farfalhar de folhas, fazia meu coração bater mais rápido.

Nos afastávamos da trilha principal, descendo por um pequeno desnível coberto de musgo e raízes salientes. Meus pés já doíam, mas mantive o ritmo. Precisávamos nos apressar. Não podíamos ser vistas.

— Abaixa — murmurei de repente, agarrando o braço de Blanca e puxando-a para trás de uma árvore grossa e oca. Ela soltou um som de protesto, mas me seguiu.

Ficamos em silêncio. O cheiro chegou antes do som. Fumaça. Soldados. Homens do meu pai.

— Estão mais perto do que deveriam — sussurrei, o olhar atento entre os galhos. Pude ver dois deles se aproximando devagar, farejando o ar, as lanças firmes nas mãos. Trajavam as roupas da nossa guarda. Aquilo me gelou por dentro.

Blanca se encolheu atrás de mim, mas hav
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