Na escuridão confortante da floresta, Gloria caminhava sem destino, seus pés descalços mal sentindo o toque das folhas caídas e galhos quebrados que marcavam seu caminho solitário. A lua, uma testemunha silenciosa em meio à copa das árvores, lançava um brilho suave que mal tocava sua figura trêmula. Em sua mente, um turbilhão de pensamentos e emoções se chocavam, cada um mais doloroso que o outro.
Fisicamente ferida e emocionalmente dilacerada, Gloria sentia a presença de sua loba interior, mas apenas como um eco distante de choramingos e lamentos. A conexão que normalmente compartilhava com sua forma animal parecia tênue, quase inexistente naquele momento de profunda tristeza e isolamento. Ela não tinha forças para se transformar, cada tentativa anterior resultando em uma dor aguda que só ampliava seu sofrimento.
Perdida em pensamentos, Gloria mal percebia para onde seus pés a levavam. A rejeição e humilhação que sofrera nas mãos de Edgar a marcaram profundamente, deixando-a sem sabe