O Rio de janeiro é palco de uma paixão avassaladora. Allana, uma modelo em ascensão, tem seu mundo virado de cabeça para baixo, após um encontro casual com Felipe. Um homem misterioso e irresistível que desperta nela uma paixão intensa. Mas o destino, cruel e implacável, os separa. Um olhar, e a cidade mágica se transforma em um cenário para um romance proibido. Enquanto o tempo passa, ela encontra consolo nos braços de outro homem. A felicidade, porém, é uma máscara frágil. A verdade explode quando Allana descobre que entrou em um triângulo amoroso, onde a paixão arde como um incêndio, ameaçando queimar tudo em seu caminho.
Ler maisO dia amanheceu de maneira conturbada na enorme mansão dos Vaccine, as empregadas, com seus uniformes padronizados, se acomodavam às portas, tentando ouvir o que acontecia no salão principal. Era sempre um verdadeiro “show” quando uma das cunhadas entrava em pé de guerra com a outra, mas dessa vez, por mais surpreendente que parecesse, quem se encontrava no centro da discussão era a única mulher de mente centrada naquela casa, Carlota.
– Isso é um disparate! A cunhada mais nova argumentava num tom exasperado, sua voz chegava a elevar alguns tons. – Você só pode ter enlouquecido, seu irmão logo retornará da Sicília, e o que você fará?
– Basta, Marine! Carlota, a filha primogênita, exclamou irredutível. – Não estou pedindo a sua opinião, muito menos dele, já está decidido.
Os homens, mesmo observando tudo, não diziam nada, em parte porque não havia nada que pudesse ser feito àquela altura. A situação havia passado dos limites, extrapolando o controle de qualquer um deles e talvez, mesmo que realmente fosse uma loucura, Carlota estivesse certa.
Então, tudo ficou em silêncio, ninguém mais ousava desafiar a soberania da presidente, mesmo que internamente, alguns deles quisessem o fazer. As empregadas se entreolharam e, pensando que a diversão havia acabado, começaram a fazer seus trabalhos domésticos enquanto ainda fofocavam aos cochichos.
– Eu já imaginava que logo as brigas começaram, até demorou… – Uma delas sussurrou erguendo o tecido de linho, um grande guardanapo, dobrando-o sobre a mesa de mármore. – É sempre assim quando um patriarca morre, coisas vêm à tona e pessoas começam a abrir o bico.
– Como assim? Olivia, uma mulher na casa dos trinta anos, perguntou com os olhos arregalados, tamanha era a sua curiosidade.
– É mesmo, você é nova na casa… – A primeira comentou, gesticulando para que se aproximasse e sorriu sussurrando. – Fofocavam quatorze anos atrás que uma empregada daqui engravidou do filho mais novo e o patriarca deu dinheiro para ela sumir e não se sabe o que ele fez com a criança…
– V-você acha que ele mandou matá-la, Maria? Olivia questionou horrorizada e tapou a própria boca com as duas mãos, era horrível até cogitar a ideia.
– Olha, ele tinha aquele jeito de Don Corleone, mas não faria algo assim… – Maria explicou puxando a outra para mais perto. – Dizem que ela está num orfanato.
– É por isso que estão brigando, alguém descobriu? Olivia tornou a questionar, arqueando uma sobrancelha. – Está me matando de curiosidade.
– A nonna está doente, precisa de um transplante de medula óssea! Maria contou, e então, abriu um sorriso travesso. – Mas ninguém na casa é compatível…
– Não. Essas coisas não acontecem na vida real… – Olivia debochou, antecipando o que a outra iria dizer. – Vai me dizer que justamente essa neta “bastarda” é compatível? Que tipo de “mundo dando voltas” é esse?
– Não diga dessa água nunca beberei… – Maria cantarolou, sacudindo os ombros, claramente se divertindo muito. – Já disse que adoro trabalhar nesse lugar?
De repente, ambas calaram-se quando uma terceira empregada entrou na cozinha, sua expressão era fechada, as olheiras deixavam seu rosto obscuro e enquanto tentava limpar as manchas de café de sua blusa branca, soltou um suspiro de cansaço.
– Pietra de novo? Maria indagou, mas sem humor dessa vez.
– “Eu disse chá verde, não café gelado, sua inútil!” Abgail exclamou, gesticulando as mãos no ar, imitando o escândalo da jovem, então soltou um suspiro melancólico. – Alguém me socorra, por favor, é pedir demais, Deus!?
Abigail havia chegado àquela casa quando a moça tinha seis anos de idade, indicada por uma amiga da família, era conhecida por lidar bem com crianças indisciplinadas, e por mais árduo que fosse o trabalho, não costumava reclamar, então, ao ver seu estado tão abalado, as outras ficaram preocupadas.
– Então, hum… você está bem? Maria perguntou com uma expressão preocupada, estava preocupada em ser mal-interpretada.
– Não. Mas não faz diferença! Abigail explicou secando as lágrimas que umedeciam seus olhos. – O pior é que eu gosto daquela peste, coitadinha…
– Coitada de você que endoidou! Maria exclamou incrédula, até parou de dobrar os guardanapos para encará-la. – Ela te inferniza e você ainda tem pena?
Abigail estava prestes a defender a menina, mas se refreou. Havia acabado de presenciar Pietra sendo disciplinada pela mãe, e seus pelos ainda se arrepiavam sempre que relembrava a imagem da menina mordendo o lenço porque não podia sequer fazer barulho. Em seu coração materno, não achava que nenhuma criança deveria passar por aquilo, mesmo que fosse uma peste.
“Os ricos são estranhos, não parecem amar suas crias” Ela pensava consigo mesma, e então, seguiu para seu quarto, precisava trocar suas roupas.
Minutos depois, quando retornou ao trabalho, lembrou dos ânimos aflorados na sala e resolveu preparar um chá de camomila, servindo-o num conjunto de porcelana chinesa. Em silêncio, colocou a bandeja de prata sobre a mesinha de centro, girou nos calcanhares, pronta para retornar à cozinha, mas parou no mesmo lugar quando a grande e pesada porta de mogno se abriu às suas costas.
Lorenzo, o advogado da família, havia acabado de chegar trazendo consigo o motivo para toda aquela tensão: uma convidada indesejada. Era uma moça pequena, seus olhos presos ao chão, mas dava para perceber que eram azuis e enquanto mordia levemente o lábio inferior, avermelhado, seus dedos se enroscavam nos fios loiros presos a uma trança longa.
Os olhos esverdeados do advogado fixaram-se na primogênita, sentindo sua frequência cardíaca acelerar somente por estar em sua presença. Ele era a única pessoa que podia perceber que, por baixo daquela máscara de frieza, ela estava preocupada e feliz ao mesmo tempo com a presença da criança.
Um silêncio denso recaiu sobre todos na sala, ninguém ousava dizer nada, e somente depois de um longo tempo, enfim, alguém resolveu se aproximar. Era Pietra que, até então, permanecia parada no topo da escadaria, encarando a recém-chegada com intensidade.
Ela parou em frente à outra menina, notando que tinham uma pequena diferença de altura e então, sorriu de canto inclinando-se para beijar sua bochecha, apenas como um pretexto para sussurrar ao seu ouvido:
– Bem-vinda ao inferno, bastarda…
Felipe Ah, pørra! A língua de Allana subindo e descendo em meu pau, enquanto ela me olhava daquele jeito provocante, estava acabando comigo.Ela segurou minha base e começou a bater uma pra mim, em seguida abriu a boca e chupou com vontade. Sua cabeça se movia em um vai-e-vem muito excitante e seus lábios tinham a pressão perfeita. Os gemidos abafados dela estavam destruindo meu autocontrole.Ah, caralhø! Que bøquete gostoso da pørra!Apesar de gostar de ter o controle, eu a deixei no comando. Adoro o jeito como ela me chupa.Ela descia apertando os lábios e subia sugando com gosto. Seu olhar não desviou do meu nem por um instante, e eu podia ver seus olhos lacrimejando quando ela engasgava.Pode ser um fetiche louco, mas eu adoro isso.Tentei me segurar o máximo que pude, mas o máximo não foi muito tempo, porque ela desceu um pouco mais, aprofundando o movimento e fazendo com que as paredes de sua garganta esmagassem meu pau por completo. Perdi toda minha pose de durão.Senti meu co
AllanaNão que eu seja uma expert em bebês, muito menos uma tia-madrinha babona — que só está dizendo isso porque desde que soube da gravidez de Kate, é completamente apaixonada pelo sobrinho-afilhado — mas posso afirmar que Axel é o bebê mais lindo que já vi em toda minha vida! Suas mãozinhas, agora tão enrugadas e cheias de pele, indicam que ele logo estará bem gordinho, segundo o que nos disse a enfermeira. Isso me levou a me questionar se é possível que ele fique ainda mais fofo.Chorando e com os olhinhos ainda fechados desde o nascimento — sem nos dar a chance de saber se eles são azuis como os de Gus e os meus, ou escuros como os de Kate e Felipe — ele se agarrou em meu dedo quando eu o segurei pela primeira vez. E como se encontrasse a segurança que buscara, aos poucos foi se acalmando até adormecer em meus braços.— Ele gosta de você, amor. — Felipe disse.— Parece que sim.Continuei embalando Axel, e em instantes os olhos de Felipe encontraram os meus, enquanto um sorriso
FelipeAllana ficou surpresa com meu comentário, talvez até mesmo um pouco assustada, eu diria. Confesso que sorri ao ver a expressão em seu rosto. Ela ficou em silêncio por um momento e seus olhos se arregalaram. Eu sabia que a minha fala tinha sido inesperada, mas não pude deixar de imaginar como seria quando tivéssemos nosso próprio filho.Eu a envolvi mais apertado em meus braços, tentando transmitir a ela todo o amor, carinho e compreensão que eu sentia. Era evidente que ela estava tentando processar o que eu tinha dito, e apesar de estar ansioso para ouvir sua resposta, eu já sabia como esse assunto a deixava desconfortável.— Tudo bem, meu amor? — Eu perguntei, quebrando o silêncio.Ela piscou algumas vezes, como se estivesse voltando à realidade, e então me olhou com um sorriso tímido.— Eu... eu estou bem, Felipe. Só... surpresa, eu acho. — Ela disse com a voz suave e um pouco incerta. Eu sabia que tinha pego-a de surpresa, mas fiquei feliz por ela não ter reagido tão negati
Allana Eu estava tomada por uma emoção tão intensa que mal conseguia conter as lágrimas. Abraçando meu irmão e Kate, agradeci profundamente pela confiança que eles depositaram em nós. Felipe, meu parceiro nessa nova aventura, fez o mesmo. Ainda parecia surreal, eu seria tia e madrinha de um menino! Sabia que seria uma tarefa árdua, mas estava pronta para amá-lo, mimá-lo e dar o melhor de mim. Estava determinada a estar presente e contribuir de alguma forma em cada etapa da vida desse pequeno anjo que estava por vir.Felipe e eu começamos a planejar como seria a vida com o novo membro da família. Conversamos sobre como poderíamos ajudar meu irmão e Kate na criação do bebê, e como poderíamos contribuir para que ele crescesse em um ambiente cheio de amor e alegria. Decidimos que, além de mimá-lo com presentes, também queríamos ensiná-lo sobre a importância dos valores familiares e da bondade.Papai e Humberto, os futuros avôs, começaram a festejar
FelipeQuando chegamos no edifício, nos despedimos de Gustavo e Kate no elevador e subimos para o sétimo andar. Assim que a porta do apartamento se fechou atrás de nós, um silêncio pesado se instalou. Allana estava visivelmente abalada, suas pálpebras estavam inchadas e seus olhos e nariz vermelhos. Ela se sentou no sofá e eu me juntei a ela, segurando sua mão em um gesto de conforto.— Amor, você precisa me contar o que aconteceu. — Eu disse com a voz suave e ela assentiu, respirou fundo e começou a falar.Contou sobre como acabou na casa de Igor, sobre a confusão e o medo que sentiu. Cada palavra que saia de sua boca me atingia como um soco no estômago. Era como se eu estivesse sentindo tudo que ela sentiu naqueles incontáveis minutos.Depois de tudo esclarecido, nós nos levantamos, fomos tomar banho e depois para o quarto. Allana se aconchegou do meu lado na cama e eu a abracei, tentando oferecer uma dose de conforto e segurança para que ela pudesse descansar.Por mais que eu tenta
AllanaDepois de toda aquela tragédia, uns lutando contra os outros, finalmente conseguimos trabalhar em equipe. Não era hora de apontar culpados. Silvia estava entre a vida e a morte e nós precisávamos ser sensatos e rápidos.Descemos agilmente para o carro, Gus carregando Silvia nos braços e Igor estancando o sangue dela. Igor sentou-se no banco de trás e meu irmão colocou Silvia deitada, com a cabeça apoiada na perna do filho. Gus foi para o banco do motorista e sem mais delongas, arrancou com o carro, infligindo todas as leis de trânsito.Felipe e eu fomos no carro de Igor que estava nos fundos da residência. Ele ainda estava atordoado pelo golpe que levou, mas não quis me deixar dirigir.— Felipe, você não está em condições de dirigir. Me deixe levar o carro. — Pedi novamente.A tensão era notável em minha voz. Eu sabia que ele também tinha sido ferido durante a luta com Igor e estava preocupada com seu estado de saúde, mas ele se manteve firme, e apesar de suas palavras estarem
Último capítulo