GUTEMBERG
Agora que estávamos no quarto, sozinhos, a realidade se instalava. O ambiente era luxuoso, como tudo naquela casa. A cama era grande, com lençóis escuros e pesados, e havia uma lareira no canto.
– Tem um banheiro aqui? – perguntei, querendo qualquer desculpa para não pensar demais na companhia dela.
– Sim, ali. – Ela apontou para uma porta à direita, já se sentando na cama e tirando os sapatos.
Eu fui até lá, abrindo a porta e sendo recebido pela visão de uma banheira enorme, quase um pequeno lago de mármore negro incrustado no chão. O banheiro inteiro parecia um spa, com prateleiras de vidro contendo frascos de sais de banho e óleos perfumados.
– Isso aqui é praticamente uma piscina – murmurei, inspecionando os detalhes.
Davina apareceu atrás de mim, o rosto iluminado pela curiosidade infantil. Ela deu um pulinho, os olhos brilhando ao ver a banheira.
– Você acha que funciona mesmo?
Ela se abaixou para pegar um frasco de sais de banho, analisando a validade como se estivess