CAPÍTULO 71
Arthur Taylor
Eu fui andando pelo hospital, mas se me perguntassem se eu sentia as minhas pernas, diria que não.
Eu estava sentindo uma dor absurda no peito, e um desespero enorme me alcançou.
Quando chegamos em frente dos quartos, já fui piorando quando percebi que a minha ruivinha estava mesmo na UTI. A porta de uma salinha foi aberta, e eu precisei colocar uma roupa especial para entrar lá dentro, toda esterilizada por eles, e nem os meus sapatos eu usei.
A porta foi aberta e haviam duas camas lá, elas estavam uma do lado da outra, e nesse momento eu nem queria que a água de salsicha estivesse passando por isto, no fundo é da família.
Olhei para uma de cada vez, e quando vi a primeira precisei me controlar, dar a volta e ir até a janela.
— Senhor, o senhor está bem? Se achar que não consegue, podemos chamar algum outro familiar, alguém que já tenha visto as duas juntas...
— Não é ela! Ela está... ela vai morrer? Me diga, pelo amor de Deus... o rosto dela