Baby Ortiz
Eu estava nervosa quando finalmente desci as escadas. A casa parecia em completo silêncio. Algo incomum, considerando a loucura em que estava no dia anterior. Curiosa, observei a forma como o ar fresco entrava pelas janelas enormes e abertas da casa, fazendo as cortinas que iam do teto ao chão balançarem numa dança silenciosa. Eu divaguei por algum tempo naquela posição, e então, finalmente desci o último degrau.
— Senhora? Que bom que acordou...
Coloquei a mão no peito, em uma ação imediata para segurar meu coração prestes a sair pulando para fora do meu corpo. – Nossa, você me assustou. – Eu ri.
A mulher pareceu apavorada com a minha confissão, o que era estranho. – Desculpe. Eu... Eu não tive a intenção, por favor, senhora, me perdoe.
Incomodada, eu andei em sua direção, tocando-lhe os ombros em uma massagem sutil. – Está tudo bem. Isso não tem importância.
Ela abaixou o olhar, como se me encarar diretamente fosse algo errado. – Eu não deveria ser sorrateira. Me desculp