Baby Ortiz
Alguém havia batido na porta por quase vinte minutos, mas eu ainda não estava com vontade de abri-la, então permaneci na cama. Mas esse tempo se transformou em uma hora, depois duas, e eu passei o dia inteiro deitada. O desgaste mental estava começando a me afetar fisicamente também, por que minha fome interminável fora embora, e não importou que Ava tenha aparecido na porta e gritado meu nome várias vezes, e nem o cheiro da comida que ela provavelmente havia trazido numa bandeja.
Eu não estava com vontade de ver ninguém.
E ela com certeza seria a última que eu queria encarar agora...
Deitada de lado, por que era a única posição que eu conseguia desde as últimas semanas, e com os olhos cansados e vermelhos de tanto chorar na noite passada, fiquei encarando a parede. Alguém havia trazido meu celular de volta, e o colocado sobre a mesa de centro. Por isso, vi que Cristal havia telefonado algumas vezes. A questão era que, eu sequer sabia se o nome dela era mesmo esse. A mul