26 I A MORTE E A DONZELA I
DESPERTEI LENTAMENTE, AINDA imersa na névoa do sonho. Espreguicei-me, sentindo a suavidade do colchão acolhedor sob meu corpo, mas, ao tentar abrir os olhos, percebi o peso de chumbo sobre minhas pálpebras, como se algo me impedisse de despertar totalmente.

Foi então que, instantaneamente, concluí que ainda estava sob o efeito do sonífero.

― Senhorita, ela está acordando. ― a voz monótona de Clemence ecoou ao longe, e uma onda de alerta percorreu meu corpo.

― Até que fim. ― ouvi uma voz feminina e vagamente familiar comemorar com um tom leve de impaciência. ― Já estava na hora.

Nesse instante, senti o colchão afundar ao meu lado.

― Angeline, você precisa acordar. ― a voz falou como se estivesse lidando com uma criança.

Lentamente, abri os olhos, tentando focar na figura de cabelos loiros que se inclinava sobre mim. Minha visão estava turva e minha mente ainda embaçada. Tentei emitir alguma palavra, mas minha voz se recusava a sair. Meus lábios estavam secos e colados, como se algum tip
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