Zara passou a noite inteira sem pregar os olhos. Toda vez que fechava os olhos, era arrastada para um ciclo interminável de pesadelos.
O quarto úmido e escuro. A porta que nunca fechava direito. As roupas inexplicavelmente sujas e os armários revirados sem aviso.
E, por fim, o rosto repulsivo daquele homem.
Oito anos haviam se passado, mas Zara ainda não conseguia escapar daquelas memórias aterrorizantes. E agora, ele estava solto… Ele realmente havia saído da prisão!
Zara não sabia como ele havia conseguido seu número, mas o sentimento que aquilo despertava nela era terrivelmente familiar. Era como se, não importasse para onde fosse, aquele sufoco a perseguisse, invadindo até os cantos mais seguros de sua vida.
Mesmo aquele apartamento recém-alugado, que deveria ser um refúgio, de repente parecia inseguro.
Ela tinha a constante sensação de que estava sendo observada, como se, a qualquer momento, alguém fosse saltar das sombras e agarrá-la.
Zara não queria mais ficar ali, mas, a