— Pode até ser, mas, só com as suas palavras, não há como provar nada. Por outro lado, basta eu mostrar esse laudo e, imediatamente, o consentimento que ela assinou para a cirurgia se tornará inválido.
As palavras de Orson ecoaram no corredor, deixando o ambiente ainda mais pesado. Zara permaneceu imóvel, encarando-o. Seu rosto estava vazio de qualquer emoção. Não havia raiva, tristeza ou incredulidade. Ela apenas ficou ali, parada, olhando para ele.
Era como se estivesse diante de um completo estranho, alguém que não tinha absolutamente nada a ver com ela.
— Por quê? — Zara finalmente quebrou o silêncio. — Orson, você realmente quer ver sua filha… Morrer?
Dessa vez, Zara não se preocupou em evitar a palavra "morte". Tudo o que girava na sua mente era a confusão.
Ela estava perdida, tentando entender. Por mais que Orson não tivesse nenhum afeto por Natália, por mais que ele a odiasse por decisões do passado, ainda assim… Natália era uma vida.
Uma vida que, mesmo que ele não