Aquele andar era claramente reservado para as suítes presidenciais, e o silêncio no corredor era quase opressor.
Depois de tocar a campainha, Zara abaixou a cabeça e ficou olhando para os próprios pés.
Ela vinha passando tanto tempo no hospital que nem havia notado o estado dos seus tênis brancos. Agora, estavam manchados com um pouco de sujeira, destoando completamente do luxuoso carpete marrom do chão. Era como se ela, com sua simplicidade e desgaste, não pertencesse àquele lugar — como se aquele mundo nunca tivesse sido, de fato, o seu.
Zara não sabia quanto tempo havia passado enquanto esperava. Talvez apenas alguns segundos, talvez longos minutos. Para ela, parecia que um século inteiro havia se arrastado ali.
Foi só quando suas mãos e pés começaram a ficar dormentes que a porta finalmente se abriu.
Mas, ao ver quem estava do outro lado, a vontade de virar e ir embora imediatamente cresceu ainda mais dentro dela. Zara apertou as mãos ao lado do corpo e arregalou os olhos