As palavras dela vieram acompanhadas de um leve sorriso nos lábios, enquanto seus olhos, fixos em Orson, pareciam olhar através dele, enxergando a sombra de outra pessoa.
Orson ficou em silêncio. Depois de alguns segundos, ele apenas assentiu com a cabeça.
— Então, no fim, você não está do lado do Percival, mas também… Não está do meu lado.
A mulher à sua frente não respondeu, e isso já era o suficiente para Orson entender a resposta.
Ele se virou com firmeza.
— Nesse caso, fica mais fácil.
A verdade era que Orson só tinha ido até ali naquela noite para obter uma resposta.
No fundo, ainda havia uma pequena parte dele que queria acreditar em algo, uma fagulha de esperança. Ele sabia que talvez ela mentisse para ele, mas, se Marta dissesse algo que pudesse convencê-lo, como “eu fiz isso por você” ou “é para que você e Zara sejam mais honestos um com o outro”, mesmo que fosse uma desculpa frágil e ridícula, ele teria se esforçado para acreditar.
Mas ela nem sequer tentou m