As palavras de Marta pairaram no ar, e Zara permaneceu em silêncio por alguns segundos. Então, ela soltou uma risada. Mas o som de seu riso fez as sobrancelhas de Marta se franzirem.
— Então, você ainda o ama. — Zara disse suavemente.
Foi uma frase simples, dita quase casualmente, mas que fez com que a mão de Marta se cerrasse instintivamente.
— Eu não vou culpá-la. Mas, da mesma forma, jamais o perdoarei. — Zara colocou a xícara de café de volta na mesa com calma. — Se não fosse pelas pressões que ele fez nos negócios e por suas manipulações, eu já seria esposa de outra pessoa. Você acha que, nessas condições, eu ainda conseguiria me enganar e acreditar que o amo?
Sua voz era serena, assim como sua expressão.
Marta, por outro lado, não conseguiu encontrar uma resposta. Na verdade, ela preferiria que Zara estivesse sendo agressiva, jogando acusações ou mostrando raiva. Pelo menos isso indicaria que Orson ainda a abalava de alguma forma. Mas Zara não demonstrava nada.
— Eu e