Zara abaixou os olhos e ficou olhando fixamente para a foto no jornal. Na imagem, ela mesma, em um estado claramente humilhante e desleixado. No entanto, naquele momento, uma estranha serenidade tomou conta dela.
Ao se abaixar para pegar o jornal caído, não disse nada. Apenas ergueu a mão e jogou o papel no lixo ao lado, antes de abrir novamente a porta do carro com calma.
— Vamos. — Disse ao motorista, a voz tranquila.
O motorista, entretanto, hesitou em ligar o carro. Seus olhos, inseguros, buscaram a expressão de Orson.
O homem permanecia impassível, encarando Zara. Mas ela não olhou para ele. Nem sequer lhe lançou um único olhar de canto. Apenas subiu o vidro da janela do carro, encerrando qualquer possibilidade de contato entre os dois.
Foi então que Orson, sem hesitar, virou-se e entrou novamente na mansão.
Ele não podia vê-la, mas Zara acompanhou cada detalhe de suas costas enquanto ele se afastava. Ela sabia exatamente o que aquele gesto significava: ele não a acomp