Orson não sabia ao certo por que havia dirigido até a Rua dos Ventos.
Segurando o volante, ele lançou um olhar rápido para as ruas estreitas e sinuosas à frente. Depois de um instante de hesitação, ele decidiu não descer do carro. Apenas deu meia-volta e seguiu outro caminho.
Mas, logo em seguida, ele avistou Zara saindo de uma farmácia. Ela enfiou as mãos nos bolsos e abaixou a cabeça, evitando o frio cortante daquela noite em Cidade N. Ela vestia um casaco de plumas preto, e seus cabelos caíam soltos sobre os ombros. A ponta de seu nariz avermelhada denunciava a baixa temperatura. Havia algo de delicado e tranquilo nela naquele momento.
Orson a observou por alguns segundos e, sem querer, ele lembrou-se das palavras de sua mãe naquela noite. Sim, ele nunca aceitaria trocar seu casamento por algum tipo de benefício. Mas, quando as famílias começaram a discutir seu noivado com Zara, ele também não se opôs.
Por muito tempo, ele acreditou que fora a insistência de sua mãe que o influencia