CAPÍTULO 11 — A CORÇA
Ao levantar o olhar, Lucie deparou-se com uma criatura colossal a pouco mais de trinta centímetros de distância dele. O coração disparou em seu peito, e ela sentiu um frio cortante percorrer sua espinha. Instintivamente, sentou-se no chão e empurrou-se para trás, até que suas costas colidiram com a grossa casca de uma árvore. A criatura, no entanto, não se moveu. Permaneceu ali, imóvel, como uma estátua viva, observando-a com olhos que brilhavam como brasas douradas.

Lucie fitou a criatura, tentando processar o que via. Assemelhava-se a uma corça, mas era como se a natureza tivesse decidido criar uma versão majestosa e sobrenatural do animal. Ela lembrava-se de ter estudado sobre corças comuns em algum momento de sua vida. Sabia que eram animais pequenos, com no máximo um metro e meio de altura e pesando menos de quarenta quilos. Mas a criatura diante dela era diferente. Era enorme, quase do tamanho de um cavalo adulto, com uma presença que emanava poder e mistério.

E não era apenas
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