Cristina
Na cama, encarei o teto escuro esperando pelo sono que não vinha. Apanhei o celular sobre a mesinha entre as camas de solteiro e olhei as horas. Passava das dez e meia. Era difícil dormir sentindo o desejo queimar dentro de mim e saber que o motivo estava tão perto.
Vagarosamente, levantei-me saindo do quarto. Pé por pé, desci os degraus. Aproximei do sofá e olhei para baixo. Cillian estava deitado e de olhos fechados. A sua respiração era lenta. Ela já havia dormido.
Ainda na ponta dos pés, caminhei para a cozinha. Na geladeira, apanhei uma garrafa com água e servi um copo. Um pequeno susto me fez dar um pulinho quando uma mão tocou as minhas costas.
— Você quase me matou de susto — disse para o Cillian.
— Não consegue dormir?
Neguei com a cabeça.
— E você?
Também negou em resposta.
Ele se aproximou e repousou as mãos na minha cintura. Coloquei o copo sobre o balcão e deslizei as palmas por seus braços torneados, indo até o ombro.
— O jeito que você me atrai é um