Lucas estreitou os olhos, observando-me com desdém, esboçando um sorriso - Porque não tenta?
Era o mesmo sorriso de sempre, mas eu senti um arrepio incomum.
Parecia que, se eu ousasse, no segundo seguinte ele poderia estrangular-me.
- Então vou tentar.
Eu estava determinada a não mostrar fraqueza.
Seu rosto se tornou uma máscara de gelo, soltou uma risada fria, prestes a explodir, quando de repente o seu telefone tocou.
Rosa.
Esse nome surgiu imediatamente em minha mente.
Não pude deixar de admirar a precisão do sexto sentido feminino.
Era de fato Rosa.
Lucas massageou a testa, relutante em atender, mas o toque persistente continuou.
Se ele quisesse ignorar, tinha centenas de maneiras de fazê-lo.
Portanto, era óbvio que ele não queria.
- Lucas, onde você está? Porque ainda não voltou? O bebê quer comer bolo de morango, por favor, compre um para mim!
O espaço confinado do carro, isolado dos ruídos externos, permitiu que a voz suave e encantadora de Rosa chegasse clara aos meus ouvidos.