A voz era calma, mas transmitia um frio que arrepiava a espinha.
Parecia que, se Bento ousasse, Lucas poderia esmagar as mãos de Bento sem esforço.
Era como se fosse a primeira vez que eu realmente sentia o gosto de ser protegida por ele.
Entretanto, a mensagem chegara um pouco tarde demais, e meu coração permanecia impassível.
Bento se mexeu, percebendo que, mesmo sendo um homem de grande estatura, encontrava-se incapaz de se mover sob o aperto de Lucas. Trêmulo, ele se apressou em se explicar.
- Senhor Franco, foi um acidente, eu juro!
Minha tia, vendo a cena, também ficou assustada - Nora...
Eu realmente desejava ensinar uma lição a Bento, mas com minha tia naquele estado, não parecia apropriado.
Pude apenas puxar o braço de Lucas - Deixa pra lá, solta ele.
Lucas, ainda furioso, não era tão fácil de ser apaziguado. Ele fitou Bento com firmeza - Se você bater nela, eu corto suas mãos, entendeu?
- Entendi, entendi! Eu não vou... Pode confiar!
Bento estava pálido, assegurando repetidam