Capítulo 68 – Brilhos e Reconstrução
Lívia
Voltamos ao salão principal do baile com passos tranquilos, mas firmes. A atmosfera parecia ter mudado completamente desde que saímos. As luzes douradas refletiam nos cristais dos lustres, criando um brilho que me fazia pensar em renascimento. As pessoas paravam as conversas, viravam os rostos, nos acompanhavam com os olhos. Havia curiosidade, admiração, reverência. Mas, acima de tudo, havia respeito.
O som do quarteto de cordas continuava suave, como se embalasse a nova fase que se iniciava. Meus dedos entrelaçados aos de Heitor diziam mais do que qualquer discurso. Estávamos juntos. Firmes. Inabaláveis.
Heitor
Eu conseguia perceber cada olhar, cada comentário sussurrado. Muitos se aproximaram com cumprimentos discretos, mas verdadeiros. O que mais ouvi foi: “Vocês se completam”, “Que casal extraordinário”, “A cidade precisava de algo assim para reacender a esperança”.
Aos poucos, os rostos mais importantes do mundo corporativo da cida