O Furacão Castilho
Cecília
Vamos chamar o Felipe pra vir aqui no apartamento, foi o que sugeri entre um gole e outro de café, sentindo meu coração bater mais rápido do que eu gostaria de admitir. Lívia me lançou aquele olhar malicioso, como quem já tinha lido meus pensamentos antes mesmo de eu pensar em verbalizar qualquer coisa.
— É sério isso? — ela perguntou, o tom entre surpresa e provocação.
— Ué... por que não? — respondi com naturalidade, tentando parecer mais calma do que me sentia. — Afinal, já tá tudo às claras agora, né?
Heitor
Peguei o celular e disquei o número do meu melhor amigo. A voz dele surgiu do outro lado, meio sonolenta, meio desconfiada.
— Cara, preciso que você venha aqui no apartamento das meninas... é urgente.
— Urgente? Que foi? Tá pegando fogo? — ele respondeu num tom alarmado.
— Vem logo. Não é nada grave, mas... acho que tem coisa estranha acontecendo aqui. Melhor você ver com seus próprios olhos.
Desliguei antes que ele pudesse fazer mais pergu