Quando o amor decide nascer
Cecília
Era uma terça-feira comum. O céu de São Paulo estava cinza, com aquela brisa que faz a gente querer café e cobertor o dia inteiro. Eu estava em casa, organizando os últimos detalhes da mala da maternidade, ouvindo Caetano ao fundo, quando senti uma pontada leve, quase como um aviso.
Não me alarmei. A médica havia dito que era normal sentir incômodos nas últimas semanas. Respirei fundo, fechei o zíper da mala e fui pra cozinha preparar um chá. Mas algo estava diferente. A barriga parecia mais baixa, o corpo mais sensível, e Luiza... mais quieta.
Peguei o celular, mandei mensagem pra Felipe:
"Oi amor, acho que a Luiza está se preparando. Me senti meio estranha agora. Vem cedo hoje?"
Felipe
Eu estava em reunião quando vi a mensagem. Meu coração deu um salto. Fiquei inquieto, tentando prestar atenção nas planilhas, mas tudo em mim gritava que era hora de ir.
Respondi:
"Tô indo já. Me espera. Hoje ela vem. Eu sinto."
Fechei o notebook, pedi des