Planos de mar e vida
Heitor
Era uma tarde tranquila na empresa.
As últimas reuniões tinham sido leves, os projetos estavam em ordem e, pela primeira vez em meses, eu podia respirar sem sentir que carregava o mundo nas costas.
Liguei para Felipe e o convidei para tomar um café no lounge da empresa.
Não demorou muito para vê-lo aparecer, sempre despojado, sempre com aquele sorriso debochado no rosto.
— E aí, marido fresco — provocou ele, batendo no meu ombro.
— Fresco, mas muito feliz — respondi, rindo.
Sentamos numa mesa de canto, pedimos dois expressos e começamos a conversar como nos velhos tempos.
Felipe
Ver Heitor daquele jeito, leve, relaxado, era algo raro.
Ele sempre foi intenso, sério, carregando o peso de ser um Castellan nas costas.
Mas agora... agora ele parecia um homem que havia encontrado seu centro.
— E então, como foi a lua de mel? — perguntei, curioso.
Heitor soltou um sorriso que eu quase nunca via — sincero, tranquilo, apaixonado.
— Foi a melhor semana