Entre o Desejo e o Medo
(ela desperta devagar, os lençóis embolados ao redor do corpo nu. Ainda sente o cheiro dele no travesseiro, o gosto dele em seus lábios, a marca dele em cada parte do corpo)
— Filho da mãe... saiu sem me acordar?
(vira-se, procura o celular. Nada. Nenhuma mensagem. Nenhuma notificação. Mas há algo sobre o travesseiro ao lado — um bilhete dobrado, e ao lado dele, a taça de espumante rosé, ainda pela metade)
(pega o bilhete com cuidado. A letra dela já conhece. Firme. Dominante. Controlada até no papel)
Bilhete – escrito à mão:
"Você é o tipo de mulher que vicia.
Não sei se vou te amar ou te destruir.
Mas a partir de hoje, você não escapa.
Eu sou o veneno. E você… já está mordida."
(sorri. Mas não é um sorriso leve. É um misto de desejo e frustração)
— Nem um “bom dia”? Sumiu depois de me foder como se tivesse me esperando há meses? Que porra é essa, Heitor?
(pega o celular. Digita sem hesitar)
Mensagem enviada:
“Não gostou do ao vivo? Prefere ligaç