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Isabela, a esposa inesperada
Isabela, a esposa inesperada
Por: Alice Mendes
Capítulo 1 – As Ruínas do Destino

Seu soubesse o que viria talvez eu nunca tivesse agindo como agir a anos atrás, talves eu devesse ter dado a oportunidade que ela me pedia em silencio todas as vezes que me olhava ou que a tocava.

Ela foi rocha e fez muito mais por nosso casamento que nenhuma outra mulher faria, ela estava lá! E eu a ignorei por completo por anos demais.  Mas eu vou recuperar essa mulher... Isabela Santos vai voltar a ser minha esposa. Ela vai relembrar de como me amava e desta vez euvou retribuir ao seu amor da maneira que ela merece ser amada.

Eu estou arrependido e vou recuperar o amor de Isabela, ou nao sou Pedro Santos!

Anos antes...

Eu nunca imaginei que aos vinte e três anos, com tantos planos desenhados em detalhes na minha mente, eu estaria prestes a cometer o maior desvio da minha vida. Meus olhos estavam voltados para uma carreira sólida, para um futuro que eu mesmo escolheria, e jamais para um casamento improvisado, fruto de uma noite em que o álcool tomou de mim o que sempre considerei meu bem mais precioso: o controle.

Isabela. O nome dela sempre esteve por perto, costurado à minha família de um jeito que eu não conseguia evitar. Minha avó, dona Aurora, a matriarca dos Santos, a adorava como se fosse neta de sangue. Não escondia sua preferência, e isso sempre me causou um incômodo velado. Não porque Isabela não fosse merecedora de afeto, mas porque eu, neto de Aurora, sentia-me por vezes invisível diante daquela devoção.

Isabela não teve uma vida fácil. Seu pai, David, abandonara o lar cedo demais, deixando um rastro de mágoas. A mãe, consumida pela dor desse abandono, sucumbiu lentamente a uma doença que a levou ao limite da sanidade. O resultado foi um surto psicológico, tão intenso que até hoje, mesmo anos depois, ainda ecoava em suas fragilidades.

Talvez fosse por isso que minha avó a protegia tanto. Talvez fosse por isso que eu, mesmo sem amá-la, nutria por ela um tipo de empatia que me impedia de ser cruel. Mas não confundamos: empatia não é amor.

Amor… esse sentimento Isabela parecia carregar por mim desde cedo. Eu nunca precisei ouvir de sua boca; seus olhos falavam mais do que qualquer confissão. Desde os treze anos, ela me observava de um jeito que mesclava inocência e adoração. Eu fingia não ver, ou talvez me recusasse a acreditar.

Até que veio aquela noite.

Uma aposta idiota entre amigos, uma sequência de copos que me fez perder a lucidez, e então, o que para Isabela foi a realização de um sonho, para mim não passou de um borrão apagado pela ressaca. Ela se entregou a mim naquela madrugada, oferecendo algo que nunca havia dado a ninguém: sua virgindade. Eu, porém, não me lembrava de nada na manhã seguinte. Nada além de uma dor de cabeça latejante e a estranha sensação de que havia cruzado uma linha invisível.

Dois meses depois, a realidade me atingiu como um soco.

Isabela estava grávida.

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