As brasas da clareira sagrada da Guardiã Lysara ainda ardiam como olhos atentos na escuridão, mesmo horas após o ritual. A energia da noite anterior pairava sobre o ar como um véu espesso — mística e perigosa.
Hadassa despertou cedo, antes mesmo dos primeiros pássaros anunciarem a alvorada. Sentou-se sobre a pedra fria, envolta apenas em um manto de peles, e sentiu os ecos do novo poder pulsarem sob sua pele como ondas lunares. Ainda não o compreendia por completo, mas sabia que já não era a mesma.
Lee dormia próximo a ela, o peito subindo e descendo com calma, seu rosto sereno. Mesmo em descanso, ele mantinha uma mão estendida, como se temesse perdê-la de novo.
Ela o observou por longos minutos, seu coração apertado.
Estavam às portas da guerra. E as horas de paz pareciam frágeis demais para serem desperdiçadas.
— Preciso de você comigo, Lee — sussurrou ela.
E ele, como se tivesse ouvido em seus sonhos, abriu os olhos.
— Sempre estarei com você, Hadassa.
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Na caverna onde Lysara gua