Parte 3
A alvorada ainda não havia rompido o véu da noite quando um grito cortou o silêncio da floresta.
Lee e Hadassa estavam deitados lado a lado, os corpos ainda entrelaçados após o furor da paixão, quando os sons da caverna mudaram. Ecos distantes de passos apressados, rosnados abafados, e então o alarme ancestral: um uivo longo e cortante vindo dos guardiões da entrada.
Ambos se levantaram num salto. Lee vestiu sua túnica em um movimento veloz e puxou Hadassa pela mão, os sentidos em alerta total.
— Algo invadiu o santuário — disse ele, os olhos se tornando mais escuros, selvagens. — E não é apenas um lobo qualquer. Eu conheço esse cheiro...
Eles correram pelos corredores internos até o salão central, onde Cael já reunia alguns membros da cúpula. O chão de pedra estava rachado, e um rastro de sangue fresco pintava um caminho até o altar.
— O que aconteceu? — Hadassa perguntou, os olhos arregalados.
— Soren... — murmurou Cael, o rosto sombrio. — Ele desapareceu. Junto com o mapa