O céu tava pesado, nublado, quase como se a quebrada inteira sentisse que o dia ia ser diferente. No alto do morro do Borel, o clima tava tenso. Desde cedo, Sheik já tinha sido avisado de movimentação estranha dos caras da facção rival. PV rodou o morro inteiro com os olheiros, tentando entender de onde viria o ataque. Só que ninguém esperava que, no meio do caos prestes a explodir, Luna fosse começar a sentir as contrações.
Ela acordou com uma dor fina nas costas, tipo cólica. No começo pensou que era mais uma noite mal dormida, já que com três barrigas — Noah, Camile e Tomás — tudo doía. Mas não era isso não.
— Sheik... — ela chamou, segurando a beirada da cama, ofegante.
Ele veio correndo do rádio, onde tava trocando ideia com PV.
— O que foi, amor? Tá sentindo alguma coisa?
— Tô... Acho que... acho que tá vindo... — ela disse, e aí a bolsa estourou. Um jato d’água escorreu pelas pernas dela, e o chão ficou todo molhado.
Sheik gelou. O bandido temido, o comandante da porra toda, fi