Narrado por Luna

O sol mal clareou e eu já tava de pé. Nem dormi, na real. Não tem como dormir direito com a cabeça cheia, o peito apertado, e o coração na UTI. O Sheik segue em coma faz dois meses, e cada dia que passa parece mais pesado que o outro. Os trigêmeos ainda tavam dormindo, e o PV já tinha encostado cedinho pra ficar com eles hoje.

— Vai ver ele, Luna. Tu precisa disso. E ele também, né?

— Se algum deles acordar com febre, me liga. Se a Camille não quiser o peito, tenta a mamadeira. Tomás tá meio enjoadinho… e o Noah só dorme com aquela fraldinha azul, não esquece.

— Relaxa, mãe do ano. Aqui tá tudo dominado. Vai em paz, que ele tá esperando teu carinho lá.

Dei um beijo em cada bebê e saí. Meu peito tava pesado, mas meu passo era firme. No carro, cada esquina parecia demorar mais que o normal. E cada minuto longe dele era um grito preso na garganta.

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Cheguei no hospital, respirei fundo antes de subir. Quarto 507. Mesmo desde o início. O Sheik ali, deitado, parecendo até