Estava bem tarde, e Theo dormia tranquilo, com a cabeça repousada sobre a cama de Ana. Sentiu uma mão leve tocar seu ombro e a voz de sua sogra, Emília, soar calma em seus ouvidos. Bastou apenas isso para que se despertasse e voltasse o olhar para a sogra, de sorriso gentil.
— Meu querido, você deveria ir para casa. Teve um voo cansativo, eu sei. Você deveria descansar — relatou a senhora Emília, preocupada com o genro. Ele, por outro lado, não demonstrou vontade de sair dali. Seus olhos de menino pidão repousaram sobre os dela, para em seguida voltar para o rosto pálido de Ana, e sua mão segurou firme a dela. Emília sorriu com a cena. Como era possível sua filha cabeça oca não ver o quanto esse rapaz era apaixonado por ela?
— Não estou cansado! E, se a senhora me permitir, eu gostaria de ficar aqui com ela.
— Tem certeza de que o melhor não seria descansar em casa e voltar pela manhã mais disposto? — insistiu mais uma vez a senhora Emília, compadecida com a cena de Theo, com os olhos