Eram cerca de 23h quando Ana escutou batidas vindas da porta onde era mantida presa. A voz de Théo ecoou em seus ouvidos. Estava sentada sobre a cama, com os braços em torno das pernas. As lágrimas banhavam seu rosto. Não queria vê-lo naquele momento, mas ele insistia em chamá-la.
— Ana, sei que está furiosa comigo. Mas eu juro que não sabia de nada disso! Meu pai sempre foi um homem impulsivo, mas eu não fazia ideia de que ele seria capaz de tanto. Tentei convencê-lo mais uma vez e... eu sinto muito, Ana, mas... ele está irredutível quanto ao casamento. Queria muito te ver agora. Queria falar cara a cara com você. Aceitaria me ver? Por favor! Vamos conversar. Só nós dois.
— Não sei se consigo te encarar agora, Théo... Eu...
— Ana, por favor! — Théo insistiu, mas não obteve resposta. Ficou ali parado, de frente à porta do quarto, por mais um tempo. Respirou fundo antes de tomar uma atitude — algo que não fizera a vida toda. O barulho da chave indicou que a porta fora destrancada. Fez-s